“Seremos líderes de mercado no Brasil até 2028”, afirma Alexandre Baldy, Head da BYD Auto Brasil

A Visão de Alexandre Baldy para a Mobilidade Elétrica

O cenário da mobilidade elétrica no Brasil está em constante transformação, e muito disso se deve à visão estratégica de lideranças como a de Alexandre Baldy, Head da BYD Auto Brasil. Desde que assumiu a posição em dezembro de 2022, Baldy tem mostrado um compromisso inabalável com a transição para veículos elétricos e híbridos no país. Em suas falas e atitudes, ele demonstra não apenas uma compreensão do atual panorama do setor automotivo, mas também uma clara definição de metas ambiciosas. Baldy afirmou que a BYD terá como objetivo se tornar a líder de mercado no Brasil até 2028. Esse foco em liderança está apoiado em ações concretas que visam impulsionar a operação e a aceitação de veículos elétricos no Brasil.

Um dos pontos centrais da estratégia de Baldy é a integração da sustentabilidade com a inovação tecnológica. Ele vê a mobilidade elétrica não apenas como uma tendência, mas como uma necessidade devido aos desafios climáticos e à busca por energias mais limpas. Para Baldy, o Brasil reúne condições favoráveis para esse avanço, considerando sua matriz energética majoritariamente sustentável. Ele acredita que a fabricação local de veículos elétricos pode significar não apenas um aumento na oferta de produtos sustentáveis, mas também a criação de empregos e o fortalecimento da economia local.

A importância que Baldy dá à tecnologia é um reflexo de seu histórico em diversas áreas, desde empreendedorismo até a política, onde ele acumulou experiências que irão surtir efeitos positivos na gestão da empresa. Ao articular estratégias que unem o setor público e privado de maneira coesa, Baldy demonstra como a colaboração pode ser peça-chave para o futuro da mobilidade elétrica no Brasil.

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Crescimento da BYD no Brasil: Números Impressionantes

O crescimento da BYD no Brasil tem sido nada menos que impressionante. Desde a sua chegada ao mercado, a fabricante chinesa viu sua operação se expandir de maneira exponential. A empresa possui uma capacidade de produção de até 600 mil carros elétricos e híbridos por ano na fábrica de Camaçari, na Bahia. Essa expansão não é apenas quantitativa, mas também qualitativa. A projeção de faturamento da empresa, que saltará de R$ 88 milhões em 2022 para R$ 15 bilhões em 2025, é um indicativo claro da confiança que o mercado tem investido na empresa e na aceitação crescente de veículos elétricos entre os consumidores brasileiros.

A BYD já é uma das cinco marcas mais vendidas no varejo nacional e possui cerca de 80% de participação no segmento de veículos elétricos. Essa ascensão no mercado brasileiro é uma prova de que a conscientização sobre a mobilidade sustentável está crescendo, assim como a aceitação dos consumidores por tecnologias mais limpas e eficientes. As vendas do modelo BYD Dolphin, por exemplo, aumentaram de 500 unidades por mês para 6 mil no final de 2023, demonstrando um viés positivo do público em relação aos carros elétricos.

O interessante é que essa aceitação se soma a um movimento mundial de transformação do setor automotivo. A crescente demanda por veículos elétricos, tanto na China quanto no Brasil, indica uma mudança de paradigma no comportamento do consumidor, que agora valoriza não apenas a performance e design, mas também a sustentabilidade e a economia a longo prazo.

Estratégias de Nacionalização e Capacitação de Funcionários

Uma das chaves para o sucesso da BYD no Brasil é a estratégia de nacionalização aplicada por Alexandre Baldy. Este enfoque não se resume apenas à produção local, mas também à capacitação dos profissionais brasileiros, que desempenharão um papel crucial na operação da empresa. Cerca de 500 profissionais foram enviados à matriz da BYD na China para treinamento especializado, com o intuito de garantir que os produtos fabricados no Brasil atendam aos padrões globais de qualidade e inovação.

A capacitação é de vital importância, não apenas para o crescimento da empresa, mas também para a evolução do mercado automotivo nacional como um todo. Ao treinar mão de obra qualificada, a BYD está criando um ecossistema que estimula a inovação e a competitividade no setor. A ideia é que, ao lado da produção de veículos, a empresa se torne um centro de excelência tecnológica que producente know-how e novas soluções em mobilidade.

Adicionalmente, a nacionalização é percebida também através do investimento no desenvolvimento de fornecedores locais. Ao invés de contar apenas com componentes importados, a BYD visa criar uma cadeia de suprimentos que maximize a utilização de insumos e serviços locais. Isso não só fortalece a economia local, mas também reduz a pegada de carbono associada ao transporte de matérias-primas e componentes.

Inovação: O Carro Híbrido Plug-in Flex-Full

Entre as inovações mais significativas que a BYD traz para o Brasil está o primeiro modelo híbrido plug-in flex-full, que combina recarga elétrica com o uso de etanol. Essa inovação representa um marco, pois o Brasil é um dos líderes mundiais na produção de etanol e tem uma grande tradição no uso deste combustível em veículos. Com um investimento de R$ 82 milhões para o desenvolvimento do veículo, a BYD propõe uma alternativa inovadora que alia um dos combustíveis renováveis mais conhecidos no Brasil à tecnologia de eletrificação, o que promete mesmo para quem utiliza etanol, uma autonomia de 1.200 km, igual à prometida para o híbrido a gasolina.

Essa combinação é especialmente atraente para o consumidor brasileiro, que já está acostumado com a ideia de usar etanol. O carro híbrido plug-in flex-full não apenas incentiva o uso de energias limpas, mas também se apresenta como uma solução prática para os motoristas que podem ter dúvidas em relação à infraestrutura de recarga elétrica, que ainda está em desenvolvimento no país.

Além disso, a inovação tecnológica da BYD vai além dos veículos. A empresa investe em todo o ciclo de produção de seus veículos, desde a fabricação de baterias e semicondutores até o desenvolvimento de carregadores que permitem uma carga total em cinco minutos. Essa abordagem holística não apenas proporciona uma eficiência maior, mas também dá à empresa uma vantagem competitiva em relação a outras montadoras que estão apenas começando a explorar a eletrificação.

Desenvolvimento da Marca e Marketing Agressivo

A expansão da BYD no Brasil também é resultado de um trabalho meticuloso de construção de marca e marketing. Baldy entende que, ao contrário do que ocorre no mercado chinês, onde a velocidade de renovação de produtos pode ser o principal motor da competitividade, o consumidor brasileiro tem uma relação mais emocional com a marca e considera o veículo como um patrimônio, refletindo em seu valor de revenda e na reputação da empresa.



Com essa perspectiva, a empresa decidiu investir de maneira significativa em marketing e na presença local no Brasil. As campanhas online e offline têm como objetivo não apenas gerar vendas, mas também educar o consumidor sobre os benefícios da mobilidade elétrica, além de promover a confiança na marca.

A BYD está focada em criar uma experiência única para o consumidor. A criação das concessionárias BYD, projetadas para serem diferentes das tradicionais, é um exemplo disso. Cada concessionária tem um investimento médio que varia de R$ 6 a R$ 7 milhões, e foi desenhada para ser uma “Dream Tech”, oferecendo uma imersão com tecnologia e inovação que encanta os clientes.

A Experiência do Consumidor nas Concessionárias BYD

O conceito de concessionária BYD vai muito além da simples venda de automóveis. A experiência do consumidor é cuidadosamente elaborada para garantir que cada cliente tenha uma jornada personalizada. Baldy enfatiza que a empresa não se limita a fabricar veículos; a essência da BYD é vender tecnologia.

As concessionárias são projetadas para serem ambientes interativos, onde os consumidores podem conhecer não apenas os veículos, mas também as tecnologias que os tornam especiais. Isso inclui demonstrações de funcionamento de veículos elétricos, simulações de recarga e informações sobre a eficiência energética dos modelos. A ideia é criar um espaço onde o consumidor se sinta parte de um movimento maior em direção à sustentabilidade.

Além disso, a equipe nas concessionárias é treinada para oferecer um atendimento excepcional. Profissionais bem capacitados conseguem conectar o consumidor às necessidades relacionadas à mobilidade elétrica, proporcionando assim informações adequadas sobre financiamento, manutenção e a experiência de dirigir um veículo elétrico. Esse trabalho qualificado nas concessionárias é um dos fatores que contribui para o aumento nas vendas e na aceitação da marca no mercado brasileiro.

Cadeia de Tecnologia e Produção Local

A BYD tem se destacado por dominar toda a cadeia de tecnologia dos veículos elétricos, desde a fabricação das baterias até a produção de carregadores e semicondutores. Esta capacidade de controle e produção local faz com que a empresa possa oferecer produtos inovadores e eficientes, além de garantir maior independência de fornecedores externos.

Essa estratégia não apenas posiciona a BYD como uma das líderes em tecnologia no setor automotivo, mas também contribui para o desenvolvimento da indústria nacional. A fabricação local gera empregos e impulsiona a economia do país. Com a verticalização da produção, a empresa é capaz de testar e melhorar rapidamente seus produtos, adaptando-os às necessidades do consumidor brasileiro, que avança na busca por alternativas sustentáveis.

Além disso, a produção local possibilita uma resposta ágil às demandas do mercado. Em um cenário em que os consumidores estão cada vez mais conscientes dos impactos ambientais de suas escolhas, a BYD pode introduzir melhorias contínuas em seus veículos, assegurando que eles atendam não apenas às expectativas de desempenho, mas também de eficiência energética.

Desafios da Infraestrutura de Recarga no Brasil

Apesar do otimismo em relação ao crescimento da indústria de veículos elétricos, é importante reconhecer que existem desafios significativos a serem enfrentados, especialmente em relação à infraestrutura de recarga. A falta de um sistema robusto de pontos de recarga ainda é uma barreira para muitos consumidores que querem optar por veículos elétricos.

Atualmente, a BYD está buscando parcerias com empresas como a Teld, fabricante chinesa que está investindo na instalação de centenas de eletropostos no Brasil. Esta colaboração pode ser um passo decisivo para solucionar parte das dificuldades enfrentadas por motoristas de veículos elétricos em relação à recarga. Baldy acredita que, com a expansão da infraestrutura, entre 20% e 25% do mercado automotivo brasileiro será de veículos elétricos nos próximos três anos.

A ausência de uma rede confiável de recarga tem sido um impedimento para o consumidor, que frequentemente se preocupa com a autonomia de um veículo elétrico. Para mitigar esses receios, é fundamental que as empresas automotivas, junto com os governos, desenvolvam um planejamento estratégico que aborde a construção de uma rede de recarga ampla e acessível, assegurando que a transição para a mobilidade elétrica não apenas seja viável, mas também desejável para a população.

A Aposta em Energias Limpas e Sustentabilidade

A sustentabilidade é um dos principais pilares de atuação da BYD e está presente em cada uma de suas ações. A empresa se posiciona não apenas como uma fabricante de automóveis, mas como um propulsor de mudanças para um futuro mais sustentável. O uso de energias renováveis nos processos de produção, como a energia solar e eólica, é um exemplo claro desse compromisso. Baldy ressalta que, entre o horário do meio-dia e quatro da tarde, cerca de 80% da eletricidade consumida no Brasil vem de fontes eólicas e solares, o que representa um grande potencial para a eletrificação de veículos.

Essa abordagem promove a utilização de energia limpa, reduzindo a emissão de poluentes e contribuindo para a redução da pegada de carbono não apenas dos veículos, mas de toda a cadeia produtiva. A BYD também investe em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que permitam o uso ainda mais eficiente da energia e a produção de baterias que se integrem perfeitamente a um modelo de negócios centrado em sustentabilidade.

Com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de um compromisso mais forte com o meio ambiente por parte de empresas e indivíduos, as iniciativas da BYD posicionam-na como uma referência no setor. Ser um líder em inovação e sustentabilidade não só atrai consumidores, mas também investe em um futuro onde a mobilidade elétrica é fundamental para o progresso econômico e social.

O Futuro dos Veículos Elétricos no Brasil

O futuro dos veículos elétricos no Brasil parece promissor, especialmente sob a liderança de empresas como a BYD. Com a visão de Alexandre Baldy de que a marca se tornará a líder do setor até 2028, as expectativas são altas. A combinação da expansão da infraestrutura de recarga, inovação em produtos e um compromisso firme com a sustentabilidade colocam a BYD em uma posição privilegiada para enfrentar os desafios que vêm pela frente.

A crescente aceitação dos consumidores em relação aos veículos elétricos, juntamente com políticas governamentais que favorecem a eletrificação, criam um ambiente fértil para a expansão desta modalidade automotiva. Além disso, a diversificação de ofertas, como o modelo híbrido plug-in flex-full, representa uma estratégia inteligente para conquistar um público que busca por opções sustentáveis, mas que ainda valoriza a flexibilidade do uso de combustíveis tradicionais.

Com a contínua melhoria da tecnologia, a redução dos custos de produção e a ampla conscientização sobre a necessidade de alternativas sustentáveis, o mercado de veículos elétricos no Brasil está prestes a experimentar um crescimento exponencial. Alexandre Baldy e a BYD estão determinados a liderar essa transformação, mostrando que é possível unir inovação, tecnologia e compromisso ambiental em um único projeto empresarial.



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